sexta-feira, 4 de maio de 2012

Eu e eu mesmo, o amor ao som

Recentemente, escrevi um texto sobre o meu amor a introspecção, e durante esse texto, toquei num outro assunto que me entorpece tanto quanto, ou até mais, que isso, a música.

Numa pincelada breve sobre essa paixão, eu não consigo fazer quase nada sem ouvir música, e é a, mais ou menos, isso que tem se resumido a música na minha vida.

Claro que eu não deixo de fazer nada por não estar ouvindo música, mas quando eu não estou, geralmente, eu faço mais emburrado. Não sou também um cara chato quando não estou ouvindo nada, apenas tenho a opção na minha vida de estar com ela e faço isso constantemente. Quase como uma namorada, a gente tá lá com ela porque a gente quer estar, mas não significa que não vivemos sem.

A presença dela na minha vida merece destaque porque tem sido a minha melhor amiga numa fase tão complicada para mim, onde inúmeros problemas tem aparecido, e muitas batalhas tem sido travadas. A música fica ali, me falando as coisas, e eu a ouço sem ter que falar nada, sem ter que me explicar, sem ter que fingir, eu a ouço, ela me fala, me entende, eu posso fingir que tá tudo bem que ela sabe que não tá e, mesmo assim, não questiona.

Tenho escutado de tudo, cada dia é um som diferente que me entende e me segura, por isso a música é tão companheira para mim, porque ela se transforma em tudo que eu preciso quando eu preciso, e eu nem preciso falar. É inexplicável essa química que rola entre a gente. Ela que me dá cafuné quando eu to carente, que me segura quando eu to com vontade de fazer merda, que me controla quando eu to possesso, que me põe pra cima quando eu tô triste. Agradeço muito ao cara que criou a música, eletrônica, rock, samba, mpb, qualquer coisa que esteja me dando toda essa força que eu tenho tido ultimamente. Porque não é fácil lutar contra tudo isso que tenho lutado sozinho.

As vezes, tenho vontade apenas de me largar num canto e chorar copiosamente, entregue a uma tristeza inexplicável, mas graças a música, principalmente, eu tenho forças pra me levantar e continuar a luta contra esse leão diário que eu tenho que matar, o papel dela na minha vida tem tido um tamanho tão significativo que não adianta eu tentar por em palavras.

Sei que pode parecer bobagem, mas não é.

Esse amor, intangível pra tanta gente, não vai ser explicado em palavras, porque nunca conseguimos explicar isso, a gente sabe que tá ali, mas não conseguimos explicar.

Agradeço a tanta gente e a tanta coisa por me ajudarem tanto nesse momento dificil que tenho vivido, que não poderia deixar de agradecer a música, por ser tão companheira.

E não poderia deixar de agradecer a uma música em especial, por ter sido, acima das outras, a mais companheira de todas.


2 comentários:

  1. E como é bom as vezes saber pelo menos um pouco do que se passa por aí... Gosto sempre de ler o que você escreve. Acabou que você escreveu não só sobre a música, mas sobre o amor. Com certeza tudo com música fica melhor, assim como com o amor. "Simple man" é uma ótima música... Mostra realmente tudo isso, alguma vezes as músicas simplesmente nos mergulham no pensamento e é isso que é perfeito. Sempre bom ter algo que nos empurra e que nos acalma ao mesmo tempo... Simplesmente indescritível. Já que você postou a música, ta aí minha parte favorita:

    "Take your time, don't live too fast
    Troubles will come and they will pass
    Go find a woman and you'll find love
    And don't forget, son there is someone up above"

    Bom texto! ;)

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  2. Que ótimo comentário, anônimo(a)!!

    Fico muito satisfeito de saber disso, volte sempre!! (=

    A propósito, é a minha parte prefereida da música também!! hahahaha

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