quarta-feira, 9 de maio de 2012

Hoje, amanhã é só amanhã

A verdadeira felicidade se encontra... Se encontra... Se encontra? Peraí, quem disse que a felicidade é algo para ser encontrado? Quem disse que ser feliz é objetivo? Quem disse que é razão de viver? A felicidade é meio, não fim; é forma, não razão. Ninguém vive à procura de ficar feliz, vive-se à procura de algo sendo feliz, estando feliz. É sentimento. E sentimento não se explica. 

Muita gente passa a vida toda procurando por algo impossível de encontrar, e por isso esquece de olhar pra baixo, pra onde o horizonte lá no fundo impossibilita de enxergar. O importante é minúsculo. Claro que observar sem viseiras é fundamental, ampliar o raio de visão é o que norteia os nossos trilhos, porém como caminhar os trilhos sem enxergar a curto alcance? É impossível! E é esse meio a que me refiro como felicidade. O caminho a trilhar para um objetivo ao fundo.

As vezes, cegamente guiadas por um objetivo, dito grandioso, alguns tropeçam muito durante o caminho. Cometem o equívoco de apenas enxergar onde querem chegar, em detrimento de onde estão. Dalai Lama, indispensando comentários, disse uma vez a esse respeito: 

"(...)E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro...(...)"

 Em sua asserção, Dalai Lama ainda vai mais longe, ele nos diz que por pensar tanto no futuro, esquecemos de viver o presente, e ainda corrompemos o que nós tanto objetivamos, esse horizonte que está por vir.

A vida é feita de sonhos, de desejos, objetivos, alvos, de pensar no futuro. Porém, mais do que isso, a vida é feita de meios, de caminhos, de trilhas, de presente, que não devem ser esquecidos nunca, porque é vivendo o hoje que atingimos aquilo que, de fato, é a nossa razão.

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